As Funções Do Sistema Circulatório dos Répteis

Os répteis podem ser escamados- a maioria - ou placóides. Os escamados , caso das cobras e dos lagartos , têm o corpo todo recoberto por escamas córneas. Melhor proteção  mecânica têm, no entanto, os placóides, dotados de grossas placas córneas , caso dos crocodilianos e dos quelônios , as placas podem soldar-se a ossos, formando uma carapaça dura, compacta. A novidade do sistema digestório é a presença de dentes , que podem estar firmemente implantados em cavidades nos maxilares e mandíbulas , os alvéolos dentários. Nas cobras , há dentes com canaletas ou canais , especializados na inoculação de veneno. Todas as espécies de répteis possuem cloaca. A circulação é dupla, incompleta, como nos anfíbios , pois o coração tem dois átrios e apenas um ventrículo. Nos crocodilianos, no entanto, já existem dois ventrículos e não ocorre a mistura de sangue arterial e venoso no interior do coração , mas apenas fora dele, no cruzamento das duas grandes artérias que saem uma de cada ventrículo. Nesse caso a circulação é dupla, completa. Os rins são do tipo metanefro , pois suas unidades excretoras filtram o plasma sanguíneo, removendo dele, e não do celoma, as substâncias tóxicas. Quanto à temperatura , fala-se em animais ectotérmicos, segundo o critério da origem do calor corporal. Os lagartos, por exemplo, estão constantemente buscando do meio condições de temperatura compatíveis  com a abosorção do calor de que necessitam para a realização de suas funções vitais. Assim, em determinadas horas do dia eles se expõem diretamente ao sol, ficando com altas temperaturas internas, próximas dos 40¤C; na sombra , ficam com temperaturas mais baixas e, à noite, ainda mais baixas , entre 10-15 ¤C. Segundo o critério de variação da temperatura corporal, pode-se falar em animais poiquilotermos, pecilotermos ou heterotermos, assim como peixes e anfíbios. Nos répteis a fecundação é sempre interna e os órgãos copuladores dos machos são cecos protegidos no interior da bolsa cloacal. Na sua grande maioria, os répteis são animais de sexos separados e ovíparos. Algumas espécies são ovovivíparas ; nessas , por ocasião da postura , o ovo já contém um filhote praticamente formado, que logo abandona o ovo, tornando-se independente. É o caso de muitas cobras peçonhentas. Há, também , muitas cobras e lagartos vivíparos, que dão à luz filhotes já desenvolvidos. O significado biológico da viviparidade nessas espécies é que ela dá as fêmeas melhores condições de controlar a temperatura dos embriões, reduzindo o seu tempo de desenvolvimento. Durante os lagartos há , também , muitas espécies partenogenéticas.