Para os Membros da Corte instalada no Rio, o objetivo era resistir a quaisquer tentativas de diminuição do poder absolutista . Estabelecido na parte mais rica do império, o monarca D. João VI tentava ganhar tempo e desgastar a Revolução Liberal. Até o final de janeiro de 1821, o monarca praticamente ignorou as ofensivas de Lisboa . No seu entender , a metrópole, agora secundária e marginal em termos políticos econômicos , acabaria por recuar, mesmo com toda a agitação revolucionária. No entanto, movimentações populares na Bahia, em fevereiro de 1821, e no Rio de Janeiro , em abril do mesmo ano, mostraram que o Brasil estava vulnerável às idéias revolucionárias e que sua unidade corria riscos. Era necessário lançar uma nova cartada: controlar as Cortes e manter a última base do absolutismo no Brasil que, com pulso firme , enfrentaria as radicalizações e ao mesmo tempo faria frente aos revolucionários da Metrópole. O retorno a Portugal tornava-se inevitável, mas não constituía uma derrota completa. No dia 26 de abril , D João VI, deixava o Rio de Janeiro , legando a seu filho, D. Pedro , a regência do Brasil. Após a chegada de D. João VI a Portugal , as Cortes de Lisboa passaram a exigir o retorno de D. Pedro e o fim de sua regência. O Brasil deveria ser governado por comissões de representantes eleitas nas várias regiões , denominadas juntas provisórias , subordinadas diretamente às Cortes de Lisboa. Procurava-se atrair a elite colonial para uma composição política com os líderes da revolução portuguesa , ao mesmo tempo em que se tentava enfraquecer o poder do príncipe regente.