Quando uma característica é condicionada por dois pares de alelos, são formados cinco tipos distintos de fenótipos. Se forem três pares de alelos , teremos sete tipos de fenótipos. Como regra geral, o número de fenótipos possíveis em uma F² resultante do cruzamento entre dois híbridos para todos os alelos, é dado pelo numero total de alelos mais 1. Com essa relação também podemos calcular o número total de alelos se soubermos o numero de classes fenotípicas (fenótipos diferentes) em F² de um cruzamento entre híbridos para todos os alelos. Se aparecerem sete fenótipos, teremos n+ 1= 17, ou seja, n=6 , portanto, três pares de alelos envolvidos nessa herança . Se soubermos a proporção de um dos fenótipos extremos, em um cruzamento entre heterozigotos , podemos calcular o número de pares de alelos pela fórmula : Proporção do fenótipo extremo = 1/14*n ( Em que "n" é o número de pares alelos). Por exemplo, se na F² o numero de indivíduos negros (homozigotos) for 1/16, teremos 1/14²; portanto, n= 2, indicando que há dois pares de alelos. Caso o número seja 1/64 , a fórmula é 1/4³ e estão em jogo três pares de alelos. Para 1/256, estão em jogo quatro pares de alelos: 1/4⁴. Para determinar a proporção fenotípica nos casos de cruzamento entre dois heterozigotos em herança quantitativa, podemos construir o triângulo de Pascal. Vamos considerar o cruzamento entre dois híbridos para três pares de alelos de efeito cumulativo. Pela relação sabemos que o número de fenótipos é sete. Construímos um triângulo com sete linhas. Na primeira colocamos o número 1. Os números das linhas começam sempre por 1 e os números seguintes são obtidos somando o número imediatamente a imã com o que está à esquerda deste (Quando não houver número acima ou à esquerda, considerasse zero). Todas as linhas terminam com o número 1. Se supõe que essa característica seja determinada por apenas três pares de alelos (na realidade, já foram identificados 12 loci para a característica). Considere que, para cada par, haja apenas duas alternativas : o alelo para baixo e o alelo para alto. Este aumenta cerca de 5 cm a altura do individuo. Pessoas com seis alelos para baixo crescerão até cerca de 1,69 m e aquelas com todos os alelos para alto, até 1,90m. Pessoas com três alelos para baixo e três alelos para alto terão cerca de 1,75m de altura. Esse modelo não explica todas as variações de altura encontradas nas populações reais. Como em outras características, temos de considerar a interação dos genes com o ambiente, dentro dos limites da norma de reação. Além disso, como foi dito anteriormente , trata-se de um modelo simplificado para uma situação bastante complexa, em que vários pares de alelos interagem entre si.