Os testes nucleares e os acidentes nas usinas são uma fonte extra de radiação lançada no ambiente. Há também o problema do armazenamento dos resíduos radioativos produzidos nas usinas nucleares (lixo atômico). A radiação provoca a formação no organismo de grande quantidade de radicais livres, moléculas instáveis que podem combinar-se com diversas partes da célula e prejudicar suas funções: podem romper a célula , quebrar seus cromossomos ou alterar o material químico que forma os genes , e originar as mutações ( a taxa de mutação é diretamente proporcional à dose de radiação recebida). Se o cromossomo sofrer uma lesão, a célula pode morrer ou tornar-se incapaz de se dividir . Algumas mutações podem causar câncer ou, se ocorrerem nas células reprodutoras , provocar mudanças que serão transmitidas às gerações seguintes. Embora a maior parte dos produtos radioativos de uma usina seja reciclável, alguns são muito perigosos e precisam ser acondicionados em recipientes resistentes e duráveis, como contêineres de cimento ou aço , que são enterrados a grandes profundidades ou estocados em instalações especialmente construídas na superfície da terra. Os defensores da energia nuclear acreditam que vale a pena correr o risco de eventuais acidentes, especialmente no caso de países onde outras fontes energéticas não são suficientes. Eles argumentam ainda que a usina nuclear tem a vantagem de não poluir o ar, como as que queimam petróleo. Outras pessoas pensam que os benefícios da energia atômica não compensam os riscos que ela representa. Para elas as usinas nucleares deveriam ser em número limitado e funcionar apenas para pesquisas , não para gerar energia. O melhor seria desenvolver outras fontes, como a solar , e aproveitar ao máximo a energia hidrelétrica em países onde é abundante , como no Brasil.